domingo, 13 de março de 2011

Capítulo 18 - Escola

            Um aniversário de sete anos significa mais que o de seis ou o de oito... significa a entrada da criança em uma escola. Com Sr. Rafael não foi diferente. Devo lhes dizer que ele aulas. Não posso o criticar, porque sempre achei a gramática chata também. É claro que nunca simpatizou com a escola, principalmente com a aula de português. Ele já sabia escrever, pois eu havia ensinado um ano antes, mas mesmo assim detestava essas disse isso a ele.
            Matemática era o paraíso para ele. Já fazia contas mais difíceis que o resto da sala. Isso me orgulhava muito, principalmente por saber que ele devia grande parte desse processo acelerado a mim, que sempre o incentivava. No que dependesse do Compadre, ele ficaria no mesmo ritmo da classe.
            Só havia um grande problema na escola: um menino chamado... serei sincero, não me lembro seu nome... digamos que seja Henrique. Não, não era Henrique, mas graças à minha ingrata memória, o apelidaremos de Henrique. Esse garoto sempre ameaçava Sr. Rafael, dizendo que seu pai, meu chefe na fabrica, ia me demitir, que ia me expulsar daquela casa... enfim, que ia fazer mil coisas ruins contra mim e contra o Compadre. Isso é o que Sr. Rafael me contou na época. Enquanto essas brigas estavam somente no papel, tudo estava bem. Porém, como já lhes disse, que uma felicidade nunca está desacompanhada de uma tristeza... essa guerra eclodiu, causando estragos mais arrasadores para nós que a última Grande Guerra.

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