sexta-feira, 11 de março de 2011

Capítulo 15 - Acertos

Agora a minha vida começa, finalmente, a se acertar. Aceitei a proposta da Santista e me mudei para uma casa na vila Fabril, que era mais próxima de meu trabalho. Acabei aceitando também a proposta do Compadre, e lhe vendi minha outra casa. Com esse dinheiro, paguei minhas dívidas, podendo andar novamente pelas ruas com a cabeça erguida.
            A única coisa que me preocupava era o contato com Sr. Rafael. Eu não queria ficar longe do meu afilhado, mas também não podia continuar aquela vida indigna que levava outrora. Então acabei conseguindo a conciliação das duas coisas: meu turno na fábrica era de segunda à sexta, alguns dias na parte da tarde, outros na parte da manhã. Então, tinha meus sábados e domingos livres, para me divertir com minha família, que se resumia agora a meu primo, o compadre, e meu afilhado. Ah! como fui feliz aquela época! O Compadre dava grandes jantares em sua casa aos domingos, e eu mandava minha empregada fazer um excelente almoço aos sábados na minha casa. Esse almoço se estendia até a noite cair, quando o Compadre tinha de ir embora.
            Meu primo ficava sob responsabilidade de Irene, minha empregada, a mesma que preparava os almoços aos sábados. Eles se davam muito bem, e isso me tirava um enorme peso das costas. Essa mulher muito me ajudou durante minha vida. Quando não pude contar com mais ninguém, ela me apareceu, oferecendo ajuda... Oh! Céus! Lá vou eu, novamente adiantando os fatos.
            Porém, o que importa é que, finalmente, consegui acertar em algo na minha vida. Tinha uma boa casa, uma boa família, e, graças a meu compadre, uma boa reputação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário