domingo, 13 de março de 2011

Capítulo 17 - A Festa

Mais uma vez eu estava me perdendo na narração. Perdoe-me, mas minha idade já não ajuda. Enfim, volto o foco da história para o verdadeiro protagonista: Sr. Rafael.
            Lembro-me como se fosse hoje do sétimo aniversário dele... Foi em minha casa. Uma festa pequena, até porque não conhecíamos muita gente. Porém, foi muito bonita... Irene providenciou tudo para a festinha enquanto eu, ele, meu primo, que já tinha completado 15 anos, e o Compadre fomos à praia. A alegria dele era algo que deixava todos que estavam ao redor felizes. Hoje, um passeio à praia é algo simples, pequeno, e até mesmo rotineiro. Na época, era o melhor presente que ele podia ganhar. Passamos todo o dia na praia, algo que me custou caro, tanto financeiramente como fisicamente. Passei cerca de uma semana com as costas ardendo. Depois disso, voltamos para minha casa. Quando chegamos lá, ele teve a maior surpresa: toda a sala de jantar estava enfeitada com bexigas e serpentinas azuis, sua cor predileta. Ele mal sabia para que olhar. Confesso que até eu me surpreendi. Irene estava sentada em uma cadeira, com o rosto molhado de suor. Ela se levantou, e deu um beijo em Sr. Rafael. Ele olhava das paredes para o bolo, do bolo para os docinhos, dos doces para os salgados, dos salgados para mim e para o compadre. Meu primo estava extasiado, sem saber se agarrava meu braço ou se corria para brincar. A voz do compadre respondeu a questão: - O que estão esperando? Corram! Brinquem!
            A festa durou até o amanhecer, quando meu primo e meu afilhado caíram no chão, exaustos de tanto correr e brincar. Essa foi a melhor festa de aniversário de minha vida!

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